A Pedra ou Cálculo da Vesícula é uma doença bastante comum, incide em cerca de 10% das pessoas. Mais de 10 milhões de brasileiros tem problemas.

Qualquer pessoa pode ter pedras na vesícula, mas alguns fatores podem aumentar a probabilidade de incidência:

  • Idade: quanto maior a idade, maior é a chance de desenvolvimento de cálculos
  • Mulher: são mais comuns em mulheres do que em homens
  • Obesidade: o aumento de peso está relacionado com a maior incidência de cálculos.
    Hereditariedade: as pessoas que tem familiares com cálculos possuem mais chance de ter esta doença do que os que não têm.

Os cálculos de vesícula têm número, tamanho, forma e cor das mais variáveis. Podem variar de apenas um cálculo até mais 1.000 e de 1 mm até 10 ou 15 cm.

Sintomas

Os sintomas da “pedra na vesícula” são muito variáveis, porém os mais comuns são:

  • Dor intensa no abdômen (barriga) no lado direito ou na boca do estômago. Esta dor geralmente dura de 30 min a 2 horas.
  • Náuseas e vômitos.
  • Inflamação ou infecção da vesícula.
  • Icterícia.
  • Pancreatite aguda.

Nesta situação é muito importante procurar o seu médico.

Diagnóstico

O melhor método para diagnosticar o cálculo da vesícula é a ultra-sonografia do abdômen.

Tratamento

O tratamento da pedra da vesícula é, via de regra, um procedimento simples. A retirada da vesícula pode ser facilmente realizada por via laparoscópica na maioria dos pacientes.

Conhecida como “operação dos furinhos” este procedimento traz diversas vantagens:

  • A rápida recuperação do paciente – fica internado apenas 24 horas em média, podendo voltar às suas atividades entre 1 ou 2 semanas.
  • Resolução rápida e definitiva da doença.
  • Pouca dor pós-operatória.
  • Mínima cicatriz cirúrgica.
  • Pequeno risco de infecção.

Em situações onde a cirurgia não pode ser realizada pela técnica laparoscópica, o procedimento é realizado pela técnica convencional, através de uma incisão abdominal.

Pós-operatório

A recuperação da cirurgia se dá de maneira bem rápida e com pouco desconforto, principalmente se o paciente seguir algumas orientações simples:

  • O paciente pode se alimentar com qualquer tipo de alimento, inclusive os sólidos, evitando apenas alimentos gordurosos.
  • Caso ocorram náuseas e vômitos, procure ingerir alimentos líquidos e diminuir o intervalo das refeições – deverá desaparecer em 1 ou 2 dias. Caso os sintomas não desapareçam o paciente deve procurar o médico.
  • No pós-operatório imediato é comum a dor no ombro direto, este sintoma ocorre por irritação ocorrida durante a cirurgia. Desaparece em 2 a 3 dias com o uso de analgésicos comuns.
  • Respire fundo 3 vezes a cada hora para expandir melhor seu pulmão e evitar complicações, como febre e pneumonia.
    Evite ficar muito tempo deitado ou sentado. Andar várias vezes ao dia é importante na recuperação.
  • É comum o aparecimento de hematoma (azulado ou roxo) ao redor dos cortes. Os curativos deverão ser trocados e o local limpo diariamente. O hematoma irá desaparecer entre 5 e 7 dias, em média.

Seguindo esses procedimentos, o paciente voltará as suas atividades normais após 1 mês da cirurgia.